quinta-feira, 29 de abril de 2010

Delegação do São Paulo chega ao estádio, e local fica às escuras logo depois

Escoltado pela polícia, chegada do time brasileiro ocorreu sem problemas. Monumental já voltou a ter energia


A delegação do São Paulo já está no estádio Monumental, palco da partida contra o Universitario, que terá início às 17h30m (19h30m de Brasília). O ônibus chegou protegido por um fortíssimo esquema de segurança e não encontrou qualquer problema para chegar.

Marcelo Prado/GLOBOESPORTE.COM

Ônibus do São Paulo na entrada do Estádio Monumental de Lima

A preocupação mesmo ocorreu no Monumental. O estádio ficou às escuras pouco depois da chegada do São Paulo. Entretanto, após 15 minutos, quando os tricolores se preparavam para fazer o aquecimento no vestiário, tudo se normalizou.

O presidente Juvenal Juvêncio, o vice-presidente de futebol Carlos Augusto de Barros e os demais membros da diretoria que vieram a Lima foram acomodados em um camarote na parte superior do estádio.

São Paulo perde Richarlyson, expulso, e empata com Universitario em Lima: 0 a 0

Volante recebe vermelho por falta dura e se descontrola. Decisão das oitavas será na próxima terça, no Morumbi. Tricolor precisa vencer

Mesmo tendo mais qualidade do que o Universitario, o São Paulo acabou considerando o empate por 0 a 0, nesta quarta-feira, no estádio Monumental, como um bom resultado. Afinal, o time paulista ficou com um homem a menos na segunda etapa - Richarlyson foi expulso por falta grosseira - e precisou lidar com a pressão do adversário, que até então não ameaçava. Com o resultado em Lima, o Tricolor tenta garantir a classificação para as quartas de final da Libertadores na próxima terça, no Morumbi, e para isso precisa de uma vitória simples. O mesmo placar leva a decisão para os pênaltis. Igualdade com gols classifica o time peruano (assista aos melhores momentos no vídeo ao lado).

Washington volta, e Cicinho se machuca



Ag./Reuters

Após dois jogos no banco, Washington volta a ser titular no Tricolor

Com Washington de volta ao time, ao lado de Dagoberto, o São Paulo entrou em campo com duas marcas especiais: 200 jogos de Hernanes pelo Tricolor e, principalmente, o jogo de número 900 do capitão Rogério Ceni pelo clube. Debaixo de vaias da torcida do Universitario,  o Tricolor começou já assustando o dono da casa: aos seis minutos, Cicinho carimbou a trave de Llontop.

O roteiro inicial foi de pressão são-paulina, mas com pouca eficiência na conclusão. O anfitrião quase não ameaçava Ceni. Washington era acompanhado sempre por dois marcadores. Vendo que o Universitario não ameaçava muito, o Tricolor foi arriscando mais.

E, aos 28, teve a melhor chance até o momento. Hernanes deu um passe de primeira para Marlos, que arrancou pela esquerda, driblou o goleiro e, ao chegar à linha de fundo, tocou para trás procurando Washington, que estava na área. Mas o passe foi curto demais, e Llontop teve tempo de voltar e espalmar. Galvan tirou quase em cima da linha a bola que rolava em direção ao gol. Susto para os peruanos.

Aos 36, o São Paulo perdeu Cicinho, que machucou o ombro direto em uma disputa de bola e depois teve o local imobilizado. Jean entrou para compor a lateral. O Universitario passou a arriscar mais, vendo que o Tricolor não marcava tão fechado. Mas o time paulista então alternou do 4-4-2 para o 3-5-2 quando não tinha a posse de bola. Com isso, Jorge Wagner jogava na ala, e Richarlyson fechava a zaga.

Marlos mais uma vez arriscou jogada individual aos 38. Passou por Galvan pela direita e cruzou para Dagoberto, que cabeceou à direita de Llontop. Mas, apesar de ter sido melhor, o Tricolor não conseguiu sair do 0 a 0 no primeiro tempo.

Richarlyson comete falta dura, é expulso e se descontrola

Ag./Reuters

Revoltado, Richarlyson é contido por Alex Silva

O São Paulo manteve a estratégia de trocar de esquema constantemente no segundo tempo. O Universitario substituiu um volante por outro: Hernandes entrou na vaga de Gonzalez.

Se a marcação tricolor parecia melhor no segundo tempo, o poder ofensivo diminuíra. O time da casa começava a buscar o gol com mais empenho, e o técnico Juan Reynoso colocou mais um atacante na equipe: Rui Diaz. O São Paulo parecia satisfeito com o empate.

A situação do Tricolor se complicou aos 19 minutos. Imprudente, Richarlyson entrou de carrinho em Espinoza, tomou o segundo amarelo e, por consequência, o vermelho. Descontrolado, o volante tentou partir para cima do árbitro argentino Saúl Laverni e foi contido por Alex Silva. Depois, foi levado por um segurança do São Paulo para o vestiário. Espinoza, que também deu um carrinho no choque com o camisa 20, recebeu amarelo. Milton Cruz, auxiliar de Ricardo Gomes, teve que deixar o banco a pedido da arbitragem.

O sacrificado com a expulsão de Richarlyson foi Marlos, que saiu para a entrada de Junior Cesar. Com isso, o Tricolor perdeu a ligação do meio para o ataque e facilitou a vida do anfitrião.

O Universitario tentou aproveitar a vantagem numérica. Alva arriscou de primeira aos 23 minutos, mas Ceni estava atento. O jogo era outro. O dono da casa pressionava, e o São Paulo se segurava como podia. A sorte do visitante era que o time peruano não tinha muita qualidade.

Ricardo Gomes resolveu tirar Washington e colocar Renato Silva. A entrada de um zagueiro sacramentava o objetivo de segurar o empate. Mas o Tricolor ainda teve uma grande chance aos 41. Miranda pegou um rebote de primeira e a bola bateu em Hernandes. Quando ela quase entrava, Rabanal salvou o que seria o gol do time paulista. Jorge Wagner cobrou escanteio aos 43, e Rodrigo Souto quase tocou bem de cabeça, mas Llontop defendeu. E o São Paulo levou o empate para o Brasil.

Gomes condena atitude de Richarlyson e vai ter conversa séria com o volante

Treinador teme que volante pegue gancho maior por expulsão e descontrole em campo no empate sem gols com o Universitario, nesta quarta-feira


O técnico Ricardo Gomes não gostou nada da atitude de Richarlyson no empate por 0 a 0 com o Universitario, nesta quarta-feira, em Lima, pelas oitavas de final da Libertadores (assista aos principais lances). O volante cometeu uma entrada dura em Espinoza aos 19 minutos do segundo tempo e como já tinha amarelo foi expulso. O camisa 20 se descontrolou e tentou partir para cima do árbitro, mas foi contido por Alex Silva. O treinador avisou que vai ter uma conversa séria com o atleta.

- O Richarlyson errou. Ele tem muita agressividade, e isso é bom, principalmente em jogos de Libertadores, pois ele tem personalidade e não se omite. Mas hoje confundiu as coisas, exagerou e foi expulso em um lance que não tinha necessidade. Vou conversar com ele para que controle essa agressividade. Ele colocou o time em uma situação difícil - lamentou o comandante.

Além da falta dura, o descontrole do jogador após a expulsão deixou Gomes indignado. O treinador teme que Richarlyson receba uma punição severa por parte da Conmebol.

- Isso (se descontrolar) principalmente não pode mesmo. Certamente ele será citado na súmula e poderá pegar um gancho por causa disso - acrescentou o técnico.

O Tricolor volta a enfrentar o Universitario na próxima terça-feira, no Morumbi, e precisa vencer para se classificar para as quartas. Empate sem gols leva a decisão para pênaltis, e empate com gols e vitória do time peruano eliminam o São Paulo.

Gomes diz que Tricolor poderia ter matado o jogo em Lima no primeiro tempo

Empate acabou sendo bom por conta da expusão de Richarlyson. Treinador explica motivo de ter escolhido Marlos para ser o sacrificado na alteração


O São Paulo encarou um limitado adversário nesta quarta-feira, em Lima: o Universitario. Mas só ficou no empate por 0 a 0, pelas oitavas de final da Libertadores (assista aos principais lances da partida). Mesmo sendo superior tecnicamente, o Tricolor considerou o resultado bom porque, no segundo tempo, perdeu Richarlyson, expulso for falta dura aos 19 minutos. O técnico Ricardo Gomes gostou do time na etapa inicial, mas lamentou o fato de a equipe não ter feito o gol naquele momento.

- O time teve uma ótima postura no primeiro tempo. Conduziu bem a bola, soube criar oportunidades, mas não conseguiu marcar o gol. Poderia ter decidido a partida, tinha possibilidades para isso. Depois, no segundo tempo, houve a expulsão, e a equipe sofreu com isso. Precisei me defender mesmo e por isso fiz as substituições. E mesmo assim, tivemos as duas melhores chances do segundo tempo nos minutos finais - analisou o treinador.

Questionado sobre a substituição de Marlos por Junior Cesar, assim que Richarlyson foi expulso, Gomes explicou o motivo de ter sacrificado o meia, que até então fazia a ligação do meio com o ataque tricolor.

- O Marlos estava prendendo muito a bola no segundo tempo. E depois da expulsão do Richarlyson, eu precisava tirar um dos três homens de frente. Por isso optei por ele - resumiu o comandante.

O São Paulo precisa vencer na próxima terça-feira, no Morumbi, para ficar com a vaga nas quartas. O empate por 0 a 0 leva a decisão para os pênaltis, e empates com gols e vitória do Universitario classificam o time peruano.

Goiás avisa que Fernandão só sai se o clube receber compensação

Diretoria se reunirá para decidir o que fazer em relação ao jogador. São Paulo e Inter estão na expectativa

Divulgação/Site Oficial do Goiás

Fernandão (à esquerda) em treino do Goiás

A possibilidade de Fernandão permanecer no Goiás é praticamente zero. O jogador pediu sua saída do clube e deixou isso claro ao dar entrevista coletiva nesta quarta-feira. São Paulo e Internacional já estariam de olho no meia-atacante. Contudo, não vai ser simples contar com o atleta. A direção do time esmeraldino vai se reunir para analisar a situação do jogador, mas avisa que não o irá liberar de graça.

- A gente ainda vai conversar sobre isso e não tenho muitos detalhes a passar. Mas ele é um patrimônio do clube e não vai sair de graça. Ou ele vai ter que pagar a própria multa, ou o time interessado terá que negociar com a gente. Nesta quinta devemos ter novidades – diz Marcelo Segurado, superintendente de futebol do Goiás.

Para esta quinta, está marcada uma reunião do conselho deliberativo em que a questão de Fernandão deverá ser discutida.

Fernandão solta o verbo

Durante a entrevista coletiva, Fernandão criticou amplamente o vazamento de sua conversa com o presidente Syd de Oliveira Reis. Para o jogador, essa situação o deixou em situação ainda mais desconfortável no Goiás.

- Esse vazamento é mais um ponto para que eu mantenha minha decisão. O Goiás é um clube que cresceu muito nas últimas décadas. Mas, infelizmente, alguns problemas continuam acontecendo da mesma maneira. A questão de eu ter ido conversar com o presidente era uma informação interna e isso só mostra a desorganização que o clube tem.

Segundo o jogador, a conversa com o presidente era necessária após a saída de Edmo Pinheiro da diretoria esmeraldina. Edmo foi o responsável direto pela contratação do jogador no ano passado.

- No sábado, eu fui procurar o presidente porque todo mundo sabe que eu tenho um respeito muito grande pelo Edmo. Todos conhecem a minha posição em relação a eles (família Pinheiro, que há anos está na diretoria do clube). A saída do Edinho da diretoria me fez ir falar com o presidente sobre minha permanência aqui. Não fui lá para dizer que tenho proposta. Fui lá conversar sobre minha situação. Quem me trouxe para cá foi o Edminho. Queria ver o que seria melhor para mim e para o clube.

Fernandão disse ainda que a briga política no clube estava o incomodando e que esse foi mais um dos fatores que o fizeram pensar em sair. O atacante também fez questão de criticar diretamente o presidente.

- Enquanto houver um problema político, estou fora. Um que manda, outro que desmanda. Cada um quer mandar mais que outro. O Goiás sempre teve uma tradição de ser um clube fechado, reservado. Mas isso não acontece mais. Aquela cadeira de presidente parece que dá asas para todo mundo.

 Fernandão seguirá treinando com o clube até que sua situação seja resolvida. O jogador já avisou ao técnico Leão que pretende deixar o Serra Dourada.