quinta-feira, 4 de março de 2010

Jogadores dizem que trocas atrapalham e admitem que podem render muito mais

Souto lamenta necessidade de alterações constantes na equipe; Jorge Wagner pede que cada atleta se avalie e aposta em melhora gradativa


Apesar de ter criado oportunidades e possuir um homem a mais por cerca de 40 minutos, o São Paulo só empatou por 0 a 0 com o Oeste, na última quarta-feira, em Araraquara, pelo Paulistão (assista aos principais lances). O futebol apresentado mais uma vez não foi satisfatório para a torcida, e os jogadores tentam explicar o motivo de a equipe não engrenar. Para Rodrigo Souto, as constantes mudanças na formação do time atrapalham, mas são inevitáveis. Ricardo Gomes fez muitos testes no início da temporada e agora poupa alguns atletas para evitar o desgaste de todo o grupo.

- Sabemos que trocar o time toda hora atrapalha. Era bom ter a mesma equipe todo jogo para entrosar mais rápido, mas as competições pedem essas alterações. Há Libertadores, viagens longas, jogos com o campo ruim, por isso é preciso mesclar. Conforme formos achando a equipe ideal vamos crescendo - explicou Souto.

Para o jogador, o empate com o Oeste teve gosto de derrota, principalmente pelas chances criadas. Mas Souto também reclamou muito das condições do campo da Fonte Luminosa, alegando que a bola prendeu bastante, e por isso foi difícil impor maior velocidade nas jogadas.

Jorge Wagner admitiu que o São Paulo está longe de apresentar o melhor futebol, mas aposta na melhora em pouco tempo. Para o meia, todos os atletas precisam se empenhar mais para que o resultado apareça em campo.

- Sabemos que podemos render mais, não só coletivamente. Cada um tem sempre que pensar em melhorar, e as outras equipes, mesmo não tendo jogadores de tanta qualidade, podem atropelar. Temos que melhorar sempre, ainda mais pelo nosso plantel. Mas a evolução é gradativa e vai acontecer com o passar dos jogos e com entrosamento -  ressaltou Jorge Wagner.

Liberado pelos médicos, Ricardo Gomes vai a campo no primeiro dia de trabalho

Treinador comanda a equipe neste domingo, contra a Ponte Preta


Carolina Elustondo/GLOBOESPORTE.COM

Ricardo Gomes voltou oficialmente ao trabalho nesta quinta-feira, um dia após o empate sem gols com o Oeste, em Araraquara, pelo Paulistão. O treinador foi liberado pelos médicos na última quarta, após ficar dez dias afastado por conta de um leve AVC, sofrido após o clássico contra o Palmeiras. Ele orientou no campo o trabalho dos reservas e dos jogadores que não entraram na partida fora de casa. Os titulares fizeram recuperação no Reffis. Neste domingo, o comandante dirige o time contra a Ponte Preta, em Campinas. Gomes ficou internado por três dias e completou o repouso de casa, mas não conseguiu se desligar totalmente do trabalho e ajudou Milton Cruz nas decisões sobre a equipe.

Alex Silva cita obrigação de vencer fora agora e avisa: o que importa é classificar

Zagueiro celebra volta de Gomes e lembra que fase final é no mata-mata

Em cinco jogos como visitante neste Paulistão , o São Paulo acumula, até o momento, três empates, uma vitória e uma derrota. O resultado mais recente foi o empate sem gols com o Oeste, na noite da última quarta-feira, em Araraquara. Mesmo assim, a equipe, com 21 pontos, não deixa o G-4 nesta rodada. Alex Silva lembra que o importante é que o Tricolor garanta vaga na fase final. Mas admite que agora é preciso vencer a Ponte Preta, neste domingo, em Campinas, para não deixar a zona de classificação.

- O time está se formando ainda e não conseguiu bons resultados fora, mas agora temos obrigação de vencer em Campinas para não deixarmos o G-4. O importante é o time estar entre os classificados. Depois é mata-mata. Não adianta ser líder e morrer no meio do caminho com uma eliminação na fase final - ressaltou o zagueiro.

Das seis vitórias que conquistou no Paulistão até agora, apenas uma foi obtida fora de casa, na oitava rodada diante do Ituano.

O jogo contra o Oeste foi o último sob o comando de Milton Cruz, já que Ricardo Gomes, recuperado de um leve AVC, teve alta dos médicos e dirige o time contra a Ponte Preta. Alex Silva elogiou o trabalho do auxiliar, mas celebrou o retorno do chefe.

- O grupo é unido mesmo sem o Ricardo presente, e o Milton é inteligente, ajuda nas contratações. Mas o Ricardo faz falta na beira do campo sim, até por ter sido zagueiro e orientar bastante a defesa. Ficamos felizes com o retorno dele - acrescentou o jogador.

Exausto, Fernandinho vira dúvida para jogo contra a Ponte Preta

Atacante avalia empate sem gols com o Oeste, em Araraquara

Após se recuperar de uma cirurgia no pé direito, Fernandinho estreou com a camisa do São Paulo contra o Monte Azul, no último fim de semana, e marcou quatro gols. Na última quarta, ele começou a partida diante do Oeste no banco e entrou quando o adversário perdeu Ricardinho, expulso. Mas não brilhou, mesmo ao lado de Washington e Dagoberto. Ao fim do empate por 0 a 0, o atacante revelou exaustão e admitiu que é dúvida para o duelo com a Ponte Preta, neste domingo, em Campinas, também pelo Paulistão .

- Estou muito cansado, preciso me recuperar, sinto dores nas duas coxas, principalmente na direita, e os médicos vão me examinar para saber se posso enfrentar a Ponte - revelou o atacante.

Sobre a partida, Fernandinho lamentou o fato de o São Paulo jogar com um a mais em campo por cerca de 40 minutos e mesmo assim não fazer gols. Para ele, o São Paulo teve boas chances, mas não soube aproveitar.

- O time criou bastante, jogou bem, aproveitou os espaços, mas faltou mais objetividade da nossa parte, além de sorte - concluiu o atacante.

Mesmo sem vencer, o São Paulo, agora com 21 pontos, não deixa o G-4. O time pode cair para a quarta posição após a partida entre Corinthians e Botafogo-SP, nesta quinta. Se Fernandinho é dúvida, Cléber Santana e Wellington cumprem suspensão e estão fora da partida em Campinas. Hernanes e Cicinho, poupados, voltam a ficar à disposição.

Na 'despedida', Milton Cruz ouve gritos de 'burro' e explica a substituição de Jean

Auxiliar de Ricardo Gomes diz que tem condições de ser treinador

Milton Cruz comandou o São Paulo pela última vez na noite desta quarta-feira, no empate sem gols com o Oeste, em Araraquara, pelo Paulistão (assista aos principais lances da partida). O auxiliar estava desempenhando a função de treinador por conta do afastamento de Ricardo Gomes após um leve AVC. O comandante foi liberado pelos médicos e retorna ao banco na partida contra a Ponte Preta, neste domingo, em Campinas. Na "despedida", Milton ouviu até gritos de burro da torcida presente na Fonte Luminosa ao tirar Jean para a entrada de Leo Lima. Ele explicou a substituição e se valorizou, mas sem ficar irritado com as críticas.

- Não tem problema. Sou funcionário do clube e assumo o time se for preciso, pois tenho condições de ser treinador. O torcedor não sabe o motivo de eu ter tirado o Jean. Fiz isso porque ele tinha cartão, e senti que o juiz poderia querer dar o vermelho, compensar. E ele ainda expulsou dois jogadores nossos depois. Além disso, queria colocar o Rodrigo Souto mais na marcação e soltar o Leo Lima - explicou o interino.

 Ciente de que o São Paulo não deixa o G-4 nesta rodada (o time tem 21 pontos), Milton Cruz ressaltou a importância de uma vitória contra a Ponte, no retorno de Ricardo. Depois, o Tricolor tem mais duas partidas em casa - contra Rio Branco e Mogi Mirim - e pode se manter na zona de classificação com mais tranquilidade.

- Temos que vencer a Ponte primeiro, pois depois temos dois jogos em casa e também precisamos somar pontos neles para não deixarmos o G-4. Esse é o objetivo - completou.

Sincero, Miranda diz que time jogou mal

Zagueiro explica que Tricolor desperdiçou chances e não merecia vencer


Miranda foi direto ao analisar o empate sem gols entre São Paulo e Oeste, nesta quarta-feira, em Araraquara, pelo Paulistão . Mesmo com um homem a mais por cerca de 40 minutos, o Tricolor não aproveitou a vantagem numérica para matar a partida e perdeu muitas chances de gol. Para o zagueiro, o resultado foi justo.

- Não há desculpas, não adianta falar que foi o campo, que o Ricardo fez falta. A ausência dele não foi o fator que nos impediu de vencer. O time não jogou bem e não fez por merecer, teve chances e não marcou - explicou Miranda.

O São Paulo está com 21 pontos e a terceira posição provisoriamente. O time pode ser ultrapassado por Corinthians ou Botafogo-SP, que se enfrentam nesta quinta-feira, mas não sai do G-4.